Sindicato do SEF anuncia três dias de greve

Paralisação deve-se à necessidade “de reforço urgente” dos recursos humanos e de um maior investimento na formação dos inspetores, “por forma a combater fenómenos de racismo, abuso e prepotência dentro das forças de segurança”. 

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) anuncia greve para os dias 22 de outubro, 26 de novembro e 16 de janeiro.

No centro das reivindicações está “a necessidade de reforço urgente dos recursos humanos e de um maior investimento na formação dos inspetores, por forma a combater fenómenos de racismo, abuso e prepotência dentro das forças de segurança”.

“A falta de recursos e de investimento no SEF é gritante e tem revelado grandes dificuldades em áreas vitais e, consequentemente, tem projetado uma imagem negativa do serviço prestado”, afirma Acácio Pereira, presidente do SCIF-SEF. “Num quadro crítico de segurança mundial como a que vivemos, os inspetores não podem aceitar uma responsabilização pelo mau serviço do SEF. A responsabilidade é, exclusivamente, da incapacidade política para dar resposta às necessidades básicas de um serviço de segurança essencial para a segurança de Portugal e dos países europeus dos quais Portugal é fronteira externa.”

Segundo o presidente do SCIF-SEF, os três dias de greve foram convocados porque o diálogo com o ministro da Administração Interna não se traduziu em decisões consequentes para matérias fundamentais para o funcionamento do SEF. Delas são exemplos a revisão e modernização do Estatuto de Pessoal do SEF; o descongelamento das vagas de admissão de novos inspetores previstas no Orçamento do Estado; a abertura de concursos de promoção às várias categorias, que não ocorre há mais de 15 anos; e a efetivação da passagem à situação de disponibilidade a todos os que reúnam as condições necessárias, em conformidade com o Orçamento do Estado.

in Expresso